CARDIOLOGISTAS FAZEM CONGRESSO MAIS INFORMATIZADO DO BRASIL



Um congresso inteiramente informatizado, com 600 palestras disponibilizadas pela Internet, com distribuição de um sistema em CD que permite a informatização do consultório do médico, com farta disponibilidade de acesso à Internet e no qual todas as inscrições são feitas através do Código de Barras, é o que a Sociedade Brasileira de Cardiologia está realizando desde ontem (dia 18) no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul.

O presidente da SBC, Antonio Felipe Simão, explica que a grande novidade no congresso deste ano é o CD “Consultório Digital”, distribuído a todos os cardiologistas e que tem dois programas básicos, um que monta o cadastro completo de cada paciente, incluindo todas as consultas, exames e medicamentos que ele fez ou tomou, com opção de apresentação de imagens de ecocardiograma, de eletro e outros exames. O segundo programa é a agenda do médico, com as consultas, horários e uma vantagem extra, tanto o cadastro como a agenda podem ser exportadas para o PalmTop ou para um banco de dados na internet.

“Se um médico está no Congresso de Porto Alegre e recebe um chamado emergencial de um paciente em São Paulo”, explica Felipe Simão, “com o programa ele sem deixar o recinto do evento coloca na tela todas as informações sobre o paciente e resolve o problema com as mesmas informações que teria se estivesse no consultório”.

A informatização dos cardiologistas é tão grande, explica por sua vez o presidente do Congresso, Iran Castro, “que estamos com 14 máquinas ligadas à Internet à disposição dos cardiologistas e 400 deles se inscreveram para um curso avançado de utilização da Internet”.

Um outro recurso muito procurado por 2.000, dos 4.700 cardiologistas presentes em Porto Alegre é o “Congresso Virtual”, um programa que permite aos associados assistirem em seus computadores e a qualquer momento as mais de 600 palestras realizadas por duas centenas de palestrantes nacionais e por 31 dos maiores nomes da Cardiologia mundial, médicos franceses, norte-americanos, espanhóis, portugueses, canadenses, entre outros.

O gerente de Tecnologia da SBC, Orlando Castro, conta que nos quatro dias do Congresso, que pressupõe 32 horas de trabalho, são pronunciadas seis centenas de palestras, o que torna impossível a cada interessado assistir a todas as que interessam. Com o “Congresso Virtual”, entretanto, ele pode assistir e mesmo mais de uma vez as conferências que são importantes para sua área de atuação, seja hipertensão, cirurgia, diagnóstico, ressonância magnética, novos medicamentos ou pesquisas avançadas.

Outra vantagem da informatização das palestras é que pela primeira vez a Diretoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia saberá qual a demanda por tipo de tema levantado. “O levantamento estatístico feito através da leitura do código de barras de cada pessoa que entra numa sala para assistir a uma palestra vai nos indicar quais os temas preferidos”, explica Felipe Simão, e a partir daí poderemos nos próximos congressos reforçar as palestras sobre os temas mais candentes.

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