Artigos Científicos

Home

Corp-2: colchicina é eficaz na prevenção de pericardite recorrente

Autora: Patrícia Oliveira Guimarães

A pericardite aguda é definida como inflamação do pericárdio de diversas etiologias, dentre elas podemos citar: neoplasias, virais, bacterianas, auto-imune e idiopática. Após um quadro inicial de pericardite aguda, uma recorrência pode ser percebida através do retorno dos sintomas de dor torácica pelo paciente. Mesmo quando a causa da pericardite já foi resolvida, a recorrência pode ocorrer constituindo um desafio para os médicos acerca da terapêutica para estes pacientes.

Em 2005 o estudo COPE foi publicado no Circulation e tinha como objetivo comprovar a eficácia e segurança do uso de colchicina como tratamento adicional em pacientes com primeiro episódio de pericardite aguda. O estudo foi randomizado, prospectivo, aberto e demonstrou uma redução na taxa de recorrência de pericardite em pacientes que estavam usando colchicina comparado ao placebo (10,7% vs 32,3%, respectivamente). Após esse estudo, a colchicina se estabeleceu como tratamento de primeiro linha em pacientes com pericardite aguda. No entanto, não havia sido provado a eficácia desta droga num contexto de múltiplas recorrências.

O CORP-2 foi um estudo  multicêntrico, duplo-cego, em pacientes com múltiplas recorrências de pericardite aguda (2 ou mais) que foram randomizados para receber colchicina na dose de 0,5 mg 1 a 2 vezes ao dia a depender do peso do pacientes (> 70 Kg 0,5 mg 2x dia, < 70 Kg 1xdia) ou placebo, associada ao uso de terapia antiinflamatória com ibuprofeno, aspirina ou indometacina. 240 pacientes foram incluídos no estudo (120 em cada grupo) e o desfecho primário de recorrência de pericardite ocorreu numa taxa de 42,5% no grupo placebo, praticamente o dobro do verificado no grupo que usou colchicina 21,6%, p<0,001 com número n (NNT = 5).  Além disso, o uso de colchicina também reduziu a taxa de persistência de sintomas em 72h (19,2% vs 44.2%, p < 0,001), hospitalização (1,7% vs 10%, p = 0,013), assim como houve uma maior na taxa de remissão do quadro em uma semana neste grupo ( 83,3% vs 59,2%, p < 0,001). Efeitos adversos e descontinuação do uso das drogas foi semelhante entre os grupos, não havendo relato de eventos colaterais maiores (gastrintestinais em 8% dos casos).

Em conclusão, em pacientes com múltiplas recorrências de pericardite aguda a adição de colchicina à terapia antiinflamatória reduziu de forma significativa a taxa de novas recorrências. Baseado neste estudo, pode-se recomendar o uso de colchicina nesses casos.

O autor do estudo, Massimo Imazio (Torino, Itália) reitera que a recorrência de pericardite é freqüentemente percebida pelos médicos como falência no tratamento prévio e necessidade de novas terapias. Neste contexto, é comum a prescrição de imunossupressores que são drogas com maior taxa de efeitos adversos que a colchicina e que não tem eficácia comprovada em estudos randomizados.

reasons married men cheat go wife cheaters
my boyfriend cheated on me with my mom will my husband cheat again link
my wife cheated now what my wife cheated will my husband cheat again
what to do when husband cheats click reasons people cheat
unplanned pregnancy procedure for abortion pill redirect
website click medical abortions
read here open abortion pill effectiveness
I cheated on my wife signs of a cheater what makes a husband cheat
cheater when a husband cheats my wife cheated

Desenvolvido pela Diretoria de Tecnologia da SBC - Todos os Direitos Reservados

© Copyright 2014 | Sociedade Brasileira De Cardiologia | tecnologia@cardiol.br