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OSLER 1 e 2: Avaliação da segurança e eficácia do evolocumabe na prevenção de eventos cardiovasculares

Dr. Roberto Rocha Giraldez

O evolucomabe é um novo agente hipolipemiante que inibe a proteína PCSK9 responsável pela degradação do receptor de LDL-c depois de sua internalização em vesículas intracelulares. A sua ação permite que mais receptores de LDL-c fiquem disponíveis na superfície celular, reduzindo a concentração sérica de LDL-c. O uso desse anticorpo monoclonal humano por via subcutânea foi bem tolerado e demonstrou reduzir o LDL-c em mais de 60% em estudos de fase 3.

Os pacientes que concluíram estudos iniciais com evolucomabe foram convidados a participar de estudos de longo prazo (OSLER-1 e OSLER-2) com a finalidade de avaliar o efeito da medicação sobre desfechos clínicos. Desses, 4.465 foram selecionados para serem incluídos no programa de extensão OSLER. Os pacientes foram randomizados na proporção 2:1 para receber de forma aberta evolucomabe em combinação com tratamento padrão (2.976) ou, simplesmente, tratamento padrão (1.489). O seguimento médio dos pacientes foi de 11,1 meses (11,0-12,8). As doses de evolucomabe empregadas foram 140mg a cada 2 semanas ou 420mg ao mês uma vez que reduziram os níveis de LDL-c de forma similar. O estudo avaliou os níveis lipídicos, a tolerabilidade à droga e os eventos cardiovasculares morte, infarto do miocárdio, angina instável, revascularização miocárdica, AVC, acidente isquêmico transitório e insuficiência cardíaca.

As características basais mais importantes dos pacientes aparecem descritas abaixo.

  • Idade média - 58 anos
  • Sexo masculino - 51% 
  • Fator de risco - 80%
  • Diabetes - 13%
  • AF de doença coronária - 24%
  • Doença arterial coronária conhecida - 20%

 

No momento da inclusão no estudo OSLER, aproximadamente, 27% dos pacientes estavam recebendo doses altas de estatina (atorvastatina 40mg ou equivalente) 35% doses moderadas (sinvastatina 20-40mg ou equivalente), mas 30% não recebiam qualquer tratamento.

A administração de evolucomabe em associação ao tratamento padrão reduziu os níveis de LDL-c em 61% (p<0,0001) ou 73mg/dL (IC95% 71-76mg/dL) ao final de 48 semanas. Essa queda, no entanto, já se encontrava presente em 4 semanas. Ao se considerar as metas recomendadas para o LDL-c, mais de 90% alcançaram concentrações abaixo de 100mg/dL de LDL-c no grupo evolucomabe versus 26% no grupo controle (p<0,001). Níveis abaixo de 70% também foram vistos no grupo evolucomabe mais comumente (73,6% vs. 3,8%; p<0,001). A administração de evolucomabe também associou-se a um benefício de todos os parâmetros lipídicos, inclusive uma redução de 26% do Lp(a) (p<0,01).

Em relação aos desfechos clínicos, a incidência de eventos da meta primária foi de 2,18% na corte controle e 0,95% no grupo evolucomabe (HR 0,47; IC95% 0,28-0,78; p=0,003) ao final de 1 ano. A separação entre as curvas aconteceu numa fase precoce ao final de 3 meses. A análise dos componentes individuais da meta primária mostrou uma redução consistente de todos eles, inclusive de eventos cerebrovasculares e internações por insuficiência cardíaca.

Os desfechos de segurança clínico-laboratoriais foram similares entre os grupos e a interrupção de evolucomabe aconteceu em, apenas, 2,4% dos pacientes. A incidência de eventos colaterais também não mostrou correlação com os níveis de LDL-c atingidos, ou seja, concentrações de LDL-c abaixo de 25mg/dL cursaram com baixo índice de complicações.
Em sua conclusão, o Dr. Marc Sabatine, professor da Harvard Medical School, avaliou que " ...os dados do estudo Osler em combinação com informações epidemiológicas e genéticas, dão suporte à inibição do PCSK9 como um meio seguro e efetivo para a redução de eventos cardiovasculares maiores através de uma redução robusta do LDL-c".

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