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PARTNER 1: Resultados de 5 anos do implante percutâneo de valva aórtica em pacientes de alto risco para cirurgia

Dr. Humberto Graner Moreira

O implante transcateter de valva aórtica (TAVI) é uma alternativa eficaz à cirurgia de troca da válvula aórtica (CTVA) para pacientes de alto risco com estenose aórtica, como mostraram os resultados do acompanhamento de 5 anos do estudo PARTNER 1, apresentado neste domingo no ACC 2015 e publicado simultaneamente na revista Lancet.

O estudo PARTNER foi um ensaio multicêntrico, randomizado e aberto, com 25 centros participantes nos Estados Unidos, Canadá e Alemanha. Foram incluídos pacientes com estenose aórtica importante e alto risco cirúrgico, definido por escore de risco do STS ≥ 10% ou escore de risco com mortalidade predita ≥ 15% em 30 dias. Os pacientes foram randomizados para o implante percutâneo de bioprótese aórtica com pericárdio bovino via transfemoral (TF) ou cirurgia de troca valvar convencional. Os pacientes que não possuíam condições de acesso arterial periférico eram randomizados para cirurgia convencional versus implante de prótese via transapical (TA). Como desfecho primário, foi avaliado óbito por qualquer causa e o desfecho combinado de óbito por qualquer causa ou re-hospitalização. Os desfechos secundários incluíram: acidente vascular cerebral, sangramentos maiores e complicações vasculares.

Ao todo, o estudo incluiu 699 pacientes com estenose aórtica grave sintomática, 348 dos quais foram submetidos a TAVI e 351 à CTVA. O risco de mortalidade pelo STS score era de 11,7%, 75% tinham doença arterial coronária, 43% já haviam sido operados para revascularização miocárdica, e 28% possuíam doença cerebrovascular.

Os resultados apresentados aos 5 anos foram muito semelhantes àqueles apresentados previamente (1, 2 e 3 anos). A mortalidade por todas as causas foi de 67,8% no grupo TAVI em comparação com 62,4% no grupo CTVA (HR 1,04, IC95% 0,86-1,24; p = 0,76). Também não houve diferenças nas taxas de hospitalização (42,3% versus 34,2%, p = 0,17), e AVC de qualquer tipo (15,9% versus 14,7%, p = 0,35) entre TAVI e CTVA, respectivamente. A incidência de AVC, na verdade, diminuiu em comparação com CTVA além dos 30 dias iniciais. A análise por ecocardiograma demonstrou que a área da válvula e gradientes foram semelhantes entre os dois braços em 5 anos, sem degeneração valvar nesse período. A regurgitação paravalvar, no entanto, ainda se manteve elevada no grupo TAVI (14% vs. 1%; p<0,001), e, na análise post hoc, esta foi preditora significativa de mortalidade a longo prazo.

Os resultados foram melhores nos pacientes submetidos ao implante transfemoral em comparação com TAVI transapical (p=0,05). A maioria dos pacientes ainda eram assintomáticos ou minimamente sintomáticos ao final de cinco anos.

Globalmente, porém, esses resultados são muito encorajadores, e destacam a importância do TAVI no manejo dos pacientes com estenose aórtica de alto risco cirúrgico. Mais estudos estão em curso para avaliar a utilidade do TAVI em pacientes de riscos mais baixos. De acordo com os investigadores, é provável que, dado os resultados a longo prazo deste estudo, mais pacientes estejam inclinados a optar pela abordagem menos invasiva. No entanto, algumas incertezas ainda permanecem, por exemplo, a respeito da durabilidade da válvula para além de 5 anos. Sobre a questão da regurgitação paravalvar, dados com a nova geração de próteses SAPIEN, apresentadas também no ACC.15, demonstraram redução desta temida complicação, oferecendo boas perspectivas futuras nesse cenário.

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