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Ressuscitação cardiopulmonar por 38 minutos ou mais melhora sobrevida em parada cardiopulmonar

Autora: Glaucylara Reis Geovanini

Autor principal: Ken Nagao, MD, PhD, professor e diretor do Departamento de Emergências Cardiovasculares do Hospital Universitário de Nihon, Tóquio, Japão.

Título: Relação entre o intervalo de tempo desde a parada cardíaca assistida e o retorno da circulação espontânea (ROSC) e sobrevida/estado neurológico na parada cardíaca extra-hospitalar.

Racional: Cerca de 80% das paradas cardíacas (cerca de 288.000 pessoas ao ano) são extra-hospitalares e menos de 10% dos pacientes sobrevive, de acordo com a American Heart Association (AHA). Pesquisas sugerem que o retorno precoce da circulação espontânea (ROSC) tem impacto favorável na sobrevida e no estado neurológico dos pacientes. Mais pesquisas, todavia, são necessárias para uma avaliação mais adequada do tempo entre a parada e o ROSC e a associação com prognóstico neurológico favorável.

Metodologia: Estudo prospectivo do registro nacional japonês de atendimento à parada cardíaca extra-hospitalar, entre 2005 e 2011, que incluiu pacientes adultos e recuperados de parada cardíaca antes da chegada ao hospital e que receberam atendimento hospitalar após a ressuscitação cardiopulmonar. Foi analisada a relação entre o prognóstico neurológico em 30 dias após a parada cardíaca e o intervalo de tempo da parada cardíaca assistida até o retorno a circulação espontânea (ROSC). O prognóstico neurológico foi considerado favorável se os pacientes se mantivessem alertas e fossem capazes de retornar às atividades habituais ou se tivessem limitações moderadas, mas estivessem bem para manter atividades profissionais por meio período em um ambiente protegido ou se desenvolvessem atividades diárias de forma independente.

Resultados: Foram incluídos no registro 284.814 participantes, que receberam atendimento de ressuscitação cardiopulmonar na parada cardíaca  extra hospitalar, sendo que somente 31.845 (11%) atingiram ROSC antes da chegada ao hospital. Destes, cerca de 8.714 (27,4%) apresentaram prognóstico neurológico favorável na análise de 30 dias após a parada cardíaca. O grupo com resultado favorável teve um intervalo de tempo (parada até o ROSC) significativamente menor comparado ao grupo não favorável (13,2 ±8,4 vs. 21,7 ±12,0 minutos, p<0,0001). Na análise de regressão linear com ajuste para as variáveis que podem afetar a evolução neurológica, a probabilidade de um resultado neurológico favorável se reduzia em 5% para cada minuto entre a parada cardíaca e ROSC. A partir da relação entre a evolução neurológica favorável e o tempo desde o colapso até o ROSC, calculou-se o tempo recomendável de ressuscitação. Assim, a ressuscitação cardiopulmonar de 38 minutos ou mais é aconselhável.

Conclusão: São recomendáveis, no mínimo, 38 minutos de esforços de ressuscitação cardiopulmonar na parada cardíaca assistida extra-hospitalar, para que se possa atingir um prognóstico neurológico favorável.

Comentário: Sabemos que tanto a desfibrilação precoce como o início rápido das manobras de ressuscitação cardiopulmonar tem impacto favorável no prognóstico neurológico da parada cardíaca extra-hospitalar. Todavia, ainda é incerto o exato intervalo de tempo do início do atendimento da parada cardíaca com a ressuscitação cardiopulmonar até o ROSC e a relação com o prognóstico neurológico. Muitos estudos observacionais mostraram que, quanto menor este intervalo, maior a chance de recuperação neurológica. Outros registros populacionais, no entanto, relatam grandes divergências nesta área. Nesse contexto, o papel de muitas variáveis ainda precisa ser melhor esclarecido e os registros podem nos ajudar a compreender melhor uma dúvida muito frequente: até quando manter os esforços do atendimento da ressuscitação cardiopulmonar para se atingir um status neurológico favorável? Portanto, este estudo traz informações muito interessantes, como a idéia de que quanto mais tempo de manobras de ressuscitação cardiopulmonar (no mínimo, 38 minutos, mesmo após ROSC) maior a chance de se alcançar um prognóstico neurológico favorável. De acordo com o autor do estudo Dr Nagao: “os esforços de ressuscitação cardiopulmonar devem ser mantidos independente de se ter atingido o ROSC”. Esta é uma visão nova e interessante do manejo da ressuscitação cardiopulmonar visto que a diretriz americana de 2010 recomenda que os esforços de ressuscitação cardiopulmonar, no cenário extra-hospitalar, devem ser finalizados logo que a equipe de emergência chegar.

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