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AAS não previne eventos cardiovasculares em idosoS

Autor: Dr. Bruno Biselli

Baixas doses de aspirina não diminui eventos cardiovasculares no seguimento de mais de 5 anos em pacientes idosos com fatores de risco para aterosclerose, segundo estudo japonês apresentado pelo Dr Kazuyuki Shimada em Chicago no AHA Scientific Sessions 2014.

Introdução:
A Organização Mundial de Saúde prediz uma mortalidade global anual por doenças cardiovasculares ao redor de 25 milhões em 2030, o que torna a prevenção de doenças cardiovasculares uma importante prioridade de saúde pública com o envelhecimento populacional. Nesse contexto, um estudo multicêntrico japonês avaliou o efeito de doses baixas de AAS na prevenção primária de eventos cardiovasculares em idosos com fatores de risco para aterosclerose sem eventos cardiovasculares prévios.

Métodos:
Estudo aberto multicêntrico, randomizado, utilizando AAS 100 mg em pacientes com idade entre 60 e 85 anos com pelo menos um fator de risco cardiovascular -hipertensão, diabetes ou dislipidemia. As medicações para controle de fatores de risco cardiovascular foram mantidas O desfecho primário foi o combinado de eventos cardiovasculares: infarto, acidente vascular encefálico (AVE) ou morte cardiovascular. Os desfechos secundários foram os eventos do desfecho primário isoladamente, ataque isquêmico transitório (AIT), angina, hemorragia extracraniana grave e morte por todas as causas.

Resultados:
Foram incluídos na análise final mais de 14 mil pacientes no estudo, sendo 7220 no grupo aspirina e 7244 no grupo controle. A idade média da população foi de 71 anos e 58% eram mulheres. Oitenta e cinco por cento tinham hipertensão, 72% dislipidemia e 34% diabetes. Em 20% da população os 3 fatores de risco estavam presentes simultaneamente. O estudo foi interrompido precocemente devido às baixas taxas de eventos e a análise final foi feita com um seguimento médio de 5,02 anos.
O desfecho primário foi semelhante entre nos dois grupos (2,8% X 3,0%, HR 0,94, IC95%: 0,77-1,15. p = 0,54). Morte cardiovascular (0,86% X 0,78%, p = 0,89) e doença cerebrovascular não-fatal (1,65% X 1,64%, p = 0,78) também foram semelhantes. Entretanto, infarto não-fatal (0,3% X 0,6%, p = 0,019) e AIT (0,26% vs 0,49%, p = 0,044) foram menores no grupo aspirina. Houve uma aumento significativo nas taxas de hemorragia extracraniana grave (necessidade de transfusão ou internação) no braço aspirina (0,86% X 0,51%, HR 1,85. IC95%: 1,22-2,81; p = 0,004). As taxas de hemorragia intracraniana foram semelhantes nos dois grupos (0,07% X 0,07%). Efeitos adversos gastrointestinais, incluindo desconforto abdominal, azia, úlcera, esofagite, hemorragia gastrointestinal e gastrite erosiva foram individualmente superior no braço aspirina em comparação grupo controle (p <0,05 para todos).

Conclusão:
Aspirina não está associada a redução de eventos cardiovasculares em idosos com fatores de risco para aterosclerose em pacientes sem eventos prévios num período de 5 anos de seguimento. O uso de AAS aumentou o risco de sangramento extracraniano maior e eventos adversos gastrointestinais em relação ao grupo controle

Perspectivas:
Os resultados deste estudo indicam que uso de dose baixa de aspirina não reduz eventos cardiovasculares comparado com indivíduos que não a utilizaram, como uma estratégia de prevenção primária. Por outro lado, o uso de AAS relacionou-se com um diminuição significativa de infarto do miocárdio não-fatal e AIT. Entretanto houve um aumento nas taxas de sangramento extracraniano incluindo hemorragia gastrointestinal e vários outros efeitos colaterais GI.
Apesar do estudo não ter poder para afirmar os resultados do desfecho primário devido a baixa taxa de eventos e a interrupção precoce do estudo, os resultados deste estão em concordância com os dados de prevenção primária com aspirina em outras populações, nos quais parece haver uma redução modesta de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral isquêmico, porém às custas de um maior risco de sangramento na maioria dos estudos.
Não foram apresentados dados de análise de subgrupos e não houve uma estratificação com relação ao grau de risco cardiovascular na população.
As recomendações atuais das diretrizes de não indicar rotineiramente AAS como prevenção primária devem se manter com o resultado desse estudo.

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