Em pacientes de alto risco cardiovascular com insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção reduzida, o agonista da GLP-1 liraglutida não melhorou a taxa de morte ou de hospitalizações por IC, segundo os resultados do ensaio clínico FIGHT.
O estudo FIGHT avaliou 300 pacientes de alto risco cardiovascular com IC com fração de ejeção reduzida (FE ≤ 40%) com história de hospitalização recente, que foram randomizados para receberem liraglutida ou placebo diariamente. Aproximadamente 60% eram diabéticos, 80% tinham miocardiopatia isquêmica, e a FE média foi de 26%. Os resultados mostraram que não houve nenhuma diferença significativa entre os grupos em relação ao desfecho composto de morte ou hospitalizações. A mortalidade foi de 10,4% no grupo liraglutida contra 11,0% no grupo placebo, e as hospitalizações ocorreram em 34,4% no grupo liraglutida contra 28,1% no grupo placebo.
No entanto, entre os pacientes diabéticos, a liraglutida foi associada a uma maior perda de peso e melhor controle glicêmico em comparação com os doentes tratados com placebo.
Os pesquisadores observaram que é preciso avançar nos estudos com liraglutida, principalmente nos pacientes diabéticos, que mais se beneficiaram, tanto para o tratamento desta doença, como para uma estratégia de perda de peso em pacientes com IC avançada.
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