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BACC: Troponina I de Alta Sensibilidade permite o diagnóstico rápido e preciso de Infarto Agudo do Miocárdio

Autor: Dr. Roberto Rocha Giraldez

O estudo BACC (Biomarkers in Acute Cardiovascular Care) foi apresentado pelo Dr. Dirk Westerman, da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, e demonstrou que o uso de um novo algoritmo na avaliação da dor torácica na emergência permite reduzir o tempo de internação hospitalar e a mortalidade.

O diagnóstico rápido do infarto agudo do miocárdio (IAM) em portadores de dor torácica é muito importante para se iniciar terapêutica antitrombótica precocemente e evitar internações desnecessárias, restringindo o uso dos escassos recursos da saúde. As diretrizes atuais recomendam que os portadores de dor torácica sugestiva de IAM sejam submetidos a medições de troponina T de alta sensibilidade (hs-TnT) imediatamente à admissão hospitalar e após 3 horas desta, caracterizando elevação dos níveis séricos a partir do percentil 99 (P 99). Alguns estudos recentes, no entanto, desafiam essa recomendação utilizando intervalos de tempo mais curtos depois da internação para a definição do infarto.

O estudo BACC empregou um ensaio de hs-TnI precocemente, depois de 1 hora da admissão, para caracterizar o diagnóstico de IAM. Além disso, o estudo definiu um ponto de corte abaixo do P 99, aumentando a sensibilidade diagnóstica do teste. O valor de 6ng/L foi definido como ponto de corte, apresentando valor preditivo negativo (VPN) de 99,7% (P 99 de 27ng/L em uma população normal com VPN de 98.4%). Certamente, a redução do limiar de corte elevou significativamente a sensibilidade e o VPN do ensaio de hs-TnI em relação ao P 99. O uso de um valor de corte da hs-TnI mais baixo em associação com sua variação desde a entrada até 1 hora, no entanto, não reduziu a especificidade ou valor preditivo positivo (VPP) do método. Os resultados obtidos na coorte original foram reproduzidos em outras populações com VPN e VPP bastante similares.

Ao se empregar o ponto de corte de 6ng/L e uma variação de 12ng/L entre a admissão e o tempo de 1 hora em uma coorte aleatória, foram definidos três grupos. O primeiro deles, englobando 41,2% dos pacientes, em que o diagnóstico de IAM foi excluído. Outro grupo, incluindo 11,9% dos pacientes, caracterizou-se por preencher os critérios de IM. Finalmente, o maior grupo (46,9%) ficou em uma zona intermediária em que nem todos os critérios de IM foram definidos. Nos pacientes em que o diagnóstico de IAM foi excluído, a mortalidade foi de 0,79% e 1,73% quando os cortes foram de 6 e 27ng/L (P 99), respectivamente (p=NS).

O teste dos valores de corte em uma população de 74.738 pacientes sem doença cardiovascular demonstrou que 6ng/L foi superior a 27ng/L no seguimento de 1 e 5 anos (P<0,001) para a detecção de mortalidade cardiovascular. Ao final de 5 anos, ocorreram 206 eventos no grupo em que o corte foi de 6ng/L e 423 eventos no grupo 27ng/L.

Em conclusão, baseado nos resultados do estudo BACC, pode-se afirmar que o algoritmo que utiliza a hs-TnI em 1 hora é seguro e que o emprego do ponto de corte de 6ng/L teve VPN mais satisfatório que o P 99 (27ng/L).  Assim, um ponto de corte deve ser definido para cada ensaio de hs-TnI.

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Equipe da Cobertura

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Dr. Roberto Giraldez

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