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PURE: Um coração forte é melhor que um sistema de saúde forte?

Autor: Dr. Bruno Paolino.

Resumo: O Dr. Teo Koon, da Mc Master University, em Hamilton, no Canadá, apresentou hoje os resultados de uma nova análise do estudo PURE avaliando a diferença da prevalência dos fatores de risco de doença cardiovascular e da incidência da doença entre países de alta e baixa rendas. Nesta análise, a população de países de alta renda apresentou maiores taxas de fatores de risco para doença cardiovascular, porém com menores incidência de doenças cardiovasculares relevantes e de morte cardiovascular.

Introdução: A doença cardiovascular é uma pandemia dos tempos modernos, mas tem diferentes apresentações em várias partes do mundo. Apesar de acometer todos os países nos dias atuais, 80% das doenças cardiovasculares ocorre em países de renda média e baixa. A urbanização crescente dos países de moderada e baixa renda e a maior população desses países são parte das razões para estes valores, mas não explicam completamente a situação. Entender mais minuciosamente este fenômeno é extremamente importante para propor políticas públicas de enfrentamento do problema, principalmente nos países mais pobres, que são os mais acometidos pela doença cardiovascular e os que apresentam menor orçamento para este controle.

Métodos: Com o objetivo de avaliar a influência da renda da população na prevalência dos fatores de risco cardiovasculares e na incidência de doença cardiovascular e morte, o estudo PURE (Prospective Urban Rural Epidemiologic) incluiu uma população de 155245 indivíduos em 628 comunidades de 17 países. Destes, 16110 foram de 3 países de renda alta (Canadá, Suécia e Emirados Árabes Unidos), 104260 de 10 países de renda intermediária (Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Polônia, Turquia, África do Sul, Iran, China e Malásia) e 34875 pacientes foram incluídos em 4 países de baixa renda (Índia, Bangladesh, Paquistão e Zimbábue). Em todos os pacientes, foi calculado o risco cardiovascular através do escore de risco INTERHEART (ESIH), que se baseia em idade, sexo, tabagismo, diabetes, pressão arterial, história familiar de doença cardiovascular, frequência cardíaca, ansiedade, dieta e atividade física.  Além disso, foram observadas as taxas de incidência de doenças cardiovasculares graves (IAM, AVC, ICC e morte cardiovascular) em todos os países. Os pacientes tiveram um seguimento médio de 3,9 anos.

Resultados: A média do ESIH foi maior nos países de alta renda, quando comparados aos pacientes dos países de baixa renda (p<0,0001). No entanto, os países de baixa renda tiveram uma incidência significativamente elevada de doenças cardiovasculares graves (6,4 vs 4,3/1000; RR 1,43; p=0,0001) e de mortalidade cardiovascular (3,8 vs 0,6/1000; RR 7,25; p=0,0001), quando comparados aos países de alta renda. Os países de renda intermediária tambem apresentaram maior incidência de doenças cardiovasculares graves (RR 1,20; p=0,0001) e morte cardiovascular (RR 4,86; p=0,0001) que os países de renda alta. A letalidade da doença cardiovascular também é maior nos países de renda baixa, quando comparados com os países de renda alta (p=0,0203 para IAM, p<0,0001 para AVC, p<0,0001 para ICC).

Perspectivas: O estudo mostra com valores inequívocos que a renda dos países tem uma relação inversa com a incidência de doença e de morte cardiovascular. O estudo demonstrou ainda que a prevalência dos fatores de risco para doença cardiovascular é significativamente maior nos países de renda alta, mas estes fatores de risco não se traduzem em maior incidência de doença cardiovascular e na sua letalidade. Possivelmente, estes dados ocorrem pelo pior tratamento dos fatores de risco e a pior assistência nos casos de doença cardiovascular. Esta hipótese pode ser reforçada por análises anteriores da coorte do próprio estudo PURE, apresentados no congresso europeu de 2011, quando foram observadas piores taxas de aderência em pacientes 1 ano pós-IAM nos países de menor renda, quando comparados aos pacientes dos países de maior renda.

O estudo PURE pode demonstrar que há necessidade tanto do melhor controle dos fatores de risco, quanto do melhor tratamento das doenças cardiovasculares nos países de renda mais baixa. Da mesma forma, os países de alta renda tem de se concentrar em políticas que diminuam os fatores de risco mutáveis de doença cardiovascular, melhorando a dieta, a taxa de atividades físicas e o controle do tabagismo.

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