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COPPS 2: A colchicina no perioperatório para reduzir o risco de síndrome pós-pericardiotomia.

Autor: Dr. Bruno Paolino

O Dr. Massimo Imazio, de Turim, na Itália, apresentou no ESC 2014 os resultados do estudo COPPS-2. Este ensaio clínico randomizado, duplo cego, placebo-controlado e multicêntrico demonstrou que a colchicina, comparada ao placebo, diminui o risco do desenvolvimento da síndrome pós-pericardiotomia (PPS) quando iniciada antes do procedimento em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Porém, a taxa de efeitos adversos da droga é muito alta o que restringe o uso da droga.

A síndrome pós-pericardiotomia é uma complicação relativamente comum das cirurgias cardíacas, acometendo até 40% dos pacientes submetidos ao procedimento. Os principais achados relacionados à PPS são dor torácica, febre, fibrilação atrial (FA) e derrame pericárdico (DP), este último podendo levar inclusive, ao tamponamento cardíaco. O tratamento com colchicina iniciado 3 dias após a cirurgia foi testado no estudo COPPS, apresentado e publicado em 2010 com redução do risco de risco relativo de 42% de desenvolvimento da PPS, 45% de fibrilação atrial e 52% de derrame pericárdico. Esses excelentes resultados com a colchicina e a observação de que a maioria dos eventos ocorreram nos primeiros dias da randomização motivaram a idéia de introduzir a colchicina antes mesmo do procedimento cirúrgico. Neste sentido, o estudo COPPS-2 teve como objetivo testar a eficácia e a segurança da colchicina iniciada no pré-operatório de cirurgia cardíaca para a prevenção da PPS em 3 meses.

Foram incluídos em 11 centros da Itália 360 pacientes candidatos à cirurgia cardíaca, que foram aleatoriamente tratados com colchicina (n=180) 0,5mg 2x/dia (1x/dia se peso <70Kg) ou placebo (n=180) 48 a 72h antes da cirurgia até 1 mês após o procedimento. O desfecho primário do estudo foi o desenvolvimento da PPS em 3 meses. Como desfechos secundários, foram analisadas as taxas de FA, DP, tamponamento cardíaco, mortalidade e AVC.

Durante o tempo de seguimento do estudo, houve uma redução do risco absoluto (RRA) de 10,0 pontos percentuais (p.p.) do desfecho primário no grupo intervenção, quando comparado ao grupo controle (19,4 vs 29,4%, IC 95% 1,1 a 18,7). Entre os desfechos secundários, houve uma RRA de 14,2 p.p. de FA durante o mês de tratamento (41,2 vs 27,0%; IC 95% 3,3 a 24,7), mas não houve diferença estatisticamente significativa para FA durante os 3 meses de seguimento (RRA 7,8p.p.; IC 95% -2,2 a 17,6), tamponamento cardíaco (RRA 1,1p.p.; IC 95% -1,6 a 4,3), morte (RRA 2,2p.p.; IC 95% -1,6 a 6,1) e AVC (RRA 0,5p.p.; IC 95% -2,1 a 3,4). Quando se observam os desfechos de segurança, a taxa de efeitos adversos no grupo intervenção foi significativamente maior que no grupo placebo (RRA -8,3p.p.; IC 95% -0,76 a -15,9), principalmente no que diz respeito a intolerância gastrintestinal.

Portanto, a colchicina iniciada no pré-operatório se mostrou eficaz em reduzir a incidência da PPS em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca, mas não houve redução na incidência de FA pós-operatória e DP. Além disso, o tratamento iniciado antes do procedimento cirúrgico teve alta taxa de eventos adversos, reduzindo os potenciais benefícios da colchicina neste contexto.

A colchicina aumentou bastante as esperanças no tratamento da PPS, que tem resultados ruins com o tratamento até hoje instituído, com anti-inflamatórios não esteroides e AAS. Os corticoides também foram testados, mas nenhum tratamento demonstrou melhores desfechos. Os excelentes resultados do estudo COPPS e os resultados não tão bons do estudo COPPS 2 mostraram que provavelmente, a colchicina pode ser uma grande aliada em pacientes com indicação de cirurgia cardíaca. Porém, o perfil de pacientes deve ser selecionado e o melhor momento do início da droga não deve ser o pré-operatório, quando a tolerância à droga é pior. No caso da PPS, prevenir é pior que remediar.

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