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Epidemiologista dará aula magna em Congresso de Cardiologia

O 65º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que começa dia 25, em Belo Horizonte, será oficialmente aberto com a aula magna ministrada por um dos maiores epidemiologistas cardíacos do mundo, o professor indiano Salim Yusuf, radicado no Canadá e que integra a McMaster University e o “Canadian Institutes of Health Research”.

Quem confirma a presença do professor Yusuf é o presidente do Congresso Márcio Kalil, para quem a opção por um epidemiologista decorre do fato de que 315 mil brasileiros morrem a cada ano vítimas de doenças cardíacas, total que ultrapassa a mortalidade causada pelo câncer. “Com a epidemia de obesidade, de diabetes e de hipertensão arterial que vivemos no Brasil, tornou-se prioritária a prevenção cardíaca”, explica Kalil, por isso o convite ao professor Yusuf, que vai falar sobre as várias linhas de atuação com as quais os países desenvolvidos buscam reduzir a epidemia de doenças cardiovasculares.

Não é apenas o professor canadense que estará presente em Belo Horizonte, explica o presidente do Congresso. O evento é tão importante que dentro dele vão ocorrer simpósios conjuntos com a “American Heart Association”, com o “American College of Cardiology”, com a “Sociedade Portuguesa de Cardiologia”, com a “European Society of Cardiology”, com a “Sociedad LatinoAmericana de Cardiología” e com a “Sociedad Española de Cardiología. Isso significa que, além dos seis mil cardiologistas brasileiros, participarão do evento convidados vindos de mais de uma dezena de países, para debater as doenças cardíacas, que se tornaram uma epidemia mundial.

A responsabilidade de Kalil é muito grande, pois além de comandar o quarto maior congresso cardiológico do mundo, ele o está organizando em Belo Horizonte, onde os cardiologistas voltam a se reunir após 17 anos de ausência. E são tantos os médicos aguardados, os representantes de laboratórios, fábricas de equipamento cirúrgico e hospitais que apresentarão seus produtos e serviços na exposição a ser montada no local do evento, que praticamente toda a rede hoteleira da capital mineira estará ocupada.

O cardiologista garante, porém, que o esforço compensa, dada a importância científica do evento, tão grande que as inscrições prévias já atingiram quase 4.500 participantes, um recorde para os congressos da SBC. Ele lembra que durante o Congresso será comemorado o 50º aniversário do início da ressuscitação cardiovascular, com um amplo debate sobre o estado da arte. OBS: Na verdade o número de pré-inscritos foi menor que em 2009, ou seja, 5.240 contra 4.493 este ano. Mas acho que dá para explorar esta situação pela grandeza do número, sem necessariamente um comparativo, reforçando a expectativa de 6.000 participantes.

É importantíssimo discutir o treinamento tanto de profissionais de saúde como do próprio leigo na ressuscitação de um infartado vítima de parada cardíaca, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Jorge Ilha Guimarães. Para ele, embora os desfibriladores comecem a se vulgarizar em estádios, estações rodoviárias, shoppings-centers e mesmo em aviões, em decorrência de legislação aprovada recentemente, o Brasil precisa se preparar para os eventos cardíacos que ocorrerão dentro e fora das arenas esportivas durante os grandes eventos que o País abrigará, a Copa de 2014 e as Olimpíadas.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Jornalista Responsável: Luiz Roberto Queiroz

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