Pronunciamentos na abertura do Congresso são de crítica ao "Programa Mais Médicos"
“É fundamental a luta em que estamos empenhados pela dignidade da profissão médica” – Roberto Esporcatte, presidente do 68º Congresso Brasileiro de Cardiologia.
“Não manipulamos dados, não distorcemos informações, como faz o Governo e esse movimento para nos destruir não terá sucesso, somos 400 mil médicos brasileiros lutando pela Medicina digna e ética” – Florentino Cardoso de Araújo Filho, presidente da Associação Médica Brasileira.
“Sofremos uma tentativa de agressão sem precedentes aos preceitos éticos da nossa categoria, mas os 8.000 inscritos nesse congresso mostram que os médicos brasileiros estão empenhados em enfrentar o trágico perfil epidemiológico das doenças cardiovasculares no nosso País” – Jadelson Andrade, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia,
“Nesses tempos difíceis, temos que nos lembrar que os médicos brasileiros construíram uma Medicina dinâmica, honrada, de ponta, e que não pode ser achincalhada por pessoas mais interessadas em seus projetos políticos que no bem da população” – Roberto Luiz D´Ávila, presidente do Conselho Federal de Medicina.
As frases acima foram pinçadas das orações pronunciadas durante a abertura oficial do 68° Congresso Brasileiro de Cardiologia. O primeiro a falar foi o presidente do Congresso, Roberto Esporcatte, que disse da importância do evento e saudou os congressistas vindos não só de todos os Estados brasileiros, mas também do exterior. Falou a seguir o diretor científico, Luiz Alberto Mattos, que destacou as 1.200 atividades no correr dos três dias do congresso, os 20 auditórios com palestras simultâneas, os 28 conferencistas internacionais. Ressaltou que o Congresso transmite as fronteiras do conhecimento e ajuda a capacitar os cardiologistas e a colocá-los a par da mais recente evolução da especialidade.
O terceiro orador, aplaudido de pé, foi o presidente do CRM, que reconheceu terem os médicos “perdido a batalha da comunicação, na qual o governo federal injetou dezenas de milhões de reais”, e conclamou cada médico brasileiro a explicar a situação a seus pacientes, a difundir a verdade de que a Medicina não se improvisa e que formar um bom médico é trabalhoso, exige dedicação e atualização constante, como estava ocorrendo naquele momento, disse ele, no Congresso Brasileiro de Cardiologia.
Falou a seguir o presidente da AMB, Florentino Araujo, que conclamou os 400 mil médicos brasileiros a não se deixarem abater, a não permitir que a Medicina da Nação, tão durante construída e consolidada, seja destruída por um governo imediatista, que não se peja de usar médicos estrangeiros tratados como se escravos fossem, sem direito a receber seus salários, sem direito a usarem seu passaporte, sem direito sequer de ir e vir livremente no País onde acabaram de chegar.
O presidente futuro da SBC, Angelo Vincenzo Amato de Paola destacou que a SBC é fruto do trabalho de médicos que antecederam os atuais, que por 70 anos construíram a entidade atual, com um trabalho agregador envolvendo as faculdades, o ensino, que levou às grandes conquistas da Medicina, atualmente usadas no imenso desafio de reduzir a mortalidade cardiovascular.
Jadelson Andrade, falando a seguir, disse da sua revolta contra a agressão que a classe médica vem sofrendo e, mostrando como são éticos e sérios os médicos brasileiros, ressaltou os certificados de honra ao mérito que seriam oferecidos aos ex-presidentes que, por décadas, foram construindo a credibilidade, a importância científica e a confiança que cercam a SBC.
O presidente disse que a confiança era expressa também pelos 7.745 inscritos até aquele momento – e que chegariam a 8.000 no dia seguinte – e ressaltou que o Congresso oferece as ferramentas para mudar o trágico perfil epidemiológico das doenças cardiovasculares no Brasil.
Fonte: Assessoria de Imprensa da SBC
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