Resultados do stent reabsorvível no Brasil foram apresentados no Congresso
Estudo multicêntrico focou experiência do Einstein, Dante Pazzanese e do hospital de Uberlândia
O stent medicamentoso bioabsorvível, que no ano que vem terá seu uso liberado no Brasil, teve seus primeiros resultados apresentados durante o 68º Congresso Brasileiro de Cardiologia, pela equipe coordenada por Alexandre Abizaid.
“O stent que ao longo de três ou quatro anos é absorvido pelo organismo é muito recomendado, principalmente para pacientes jovens, que vão viver ainda 40 ou 50 anos e para os quais não é aconselhável que fiquem por tanto tempo com uma peça metálica dentro de uma artéria”, explica Fábio Sândoli de Brito Junior, um dos cardiologistas envolvidos na pesquisa.
O especialista relembra que o stent passou a ser universalmente utilizado por ser muito menos invasivo e requerer pouco tempo de internação, o que levou à situação atual, na qual 90% das angioplastias usam o stent. Foi apenas em 2003, entretanto, que a Europa começou a implantar os stents reabsorvíveis, que são produzidos a partir de polímeros de ácido lático que, com o tempo, se metabolizam em gás carbônico e água, desaparecendo. Isso ocorre poucos anos após o seu implante, quando não é mais necessário esse suporte vascular para manter a artéria aberta.
“Como o stent metálico, o bioabsorvível é também embebido em fármacos”, explica Fábio Sândoli Júnior e, após a Europa implantar cerca de 6.000 stents reabsorvíveis, no Brasil os estudos clínicos começaram a ser feitos no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, no hospital de Uberaba e no Albert Einstein, o qual já acumula uma experiência de 40 stents implantados em 45 pacientes.
A proximidade da época em que o novo produto passará a ser amplamente utilizado no Brasil inteiro fez com que os resultados da análise clínica do recurso fossem apresentados aos congressistas de todo o Brasil que se reuniram no 68º Congresso de Cardiologia, no Rio de Janeiro, como uma forma de difundir o novo conhecimento, a fronteira tecnológica representada pelo stent reabsorvível que, se espera, é o stent do futuro e que passará a ser cada vez mais utilizado.
Fonte: Assessoria de Imprensa da SBC
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