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Notícias
Congresso de Cardiologia Incluirá Aulas de Ressuscitação
O 63º Congresso Brasileiro de
Cardiologia incluirá em sua programação um curso de Suporte Avançado de Vida, o
Advanced Cardiac Life Support, que capacita os médicos a promoverem a chamada
ressuscitação, em casos de parada cardíaca no meio da rua, em ginásios de
esporte, aeroportos, restaurantes ou mesmo hospitais, única maneira de evitar a
morte da vítima.
As aulas, que serão ministradas em cursos nos dias 7, 8 e 9, com turmas de 24
alunos, no Expotrade Convention Center, de Curitiba, terão treinamento prático
com bonecos eletrônicos de tamanho natural que apresentam pulsação e inclusive
“sofrem infarto” e precisam ser reanimados pelos alunos. O equipamento,
extremamente sofisticado, indica quando o aluno está aplicando uma massagem
eficaz ou quando o procedimento é feito de forma incorreta.
A informação é do diretor Científico do 63º Congresso Brasileiro de Cardiologia,
Luiz Antonio de Almeida Campos, que explica a necessidade do curso pela
estatística segundo a qual 80% dos casos de parada cardíaca evoluem para morte,
antes mesmo que o paciente tenha qualquer atendimento médico.
“Quando uma pessoa cai na rua com um infarto que leva a uma parada cardíaca, o
prazo para que sua vida possa ser salva é curtíssimo, oito minutos no máximo”,
explica ele, e nessa janela de oportunidade é necessário que seja feita a
ressuscitação com um desfibrilador ou, na inexistência do aparelho, com massagem
cardíaca.
Ao contrário de outros países, no Brasil são raras as pessoas que tem essa
capacitação, diz o cardiologista, e por isso a Sociedade Brasileira de
Cardiologia resolveu incluir o curso específico na programação do congresso.
Luiz Antonio Campos explica que a preocupação com o treinamento não é apenas dos
brasileiros, mas também da Organização Mundial da Saúde, extremamente preocupada
com o número de óbitos causados por problemas cardiovasculares no Brasil.
“Cerca de 30% das mortes ocorridas no país são devidas a problemas cardíacos”,
enfatiza o médico, “e esse número aumenta de tal forma, que uma simulação da OMS
indica que, se nada for feito, em 2040, portanto dentro de apenas 32 anos, o
Brasil se tornará tristemente o país líder em mortalidade causada pelo coração.
Para o especialista, os problemas cardiovasculares já têm um caráter epidêmico
no Brasil atual, e cabe à Sociedade Brasileira de Cardiologia, juntamente com o
Ministério da Saúde, tomar as atitudes para que a população conscientize-se dos
fatores de risco para o coração – obesidade, tabagismo, pressão alta, diabetes –
e para que maior número de profissionais da saúde esteja capacitado a atender às
emergências cardiológicas.
Fonte: Assessoria de Imprensa da SBC
Jornalista Responsável: Luiz Roberto de Souza Queiroz
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