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Aterosclerose será o Grande Desafio do Maior Congresso de Cardiologia

O maior congresso de cardiologia do continente, que começa no sábado, dia 6, no Expotrade Convention Center de Curitiba, terá como tema principal a aterosclerose coronariana, moléstia que se tornou tão freqüente no Brasil que um dos maiores especialistas do mundo, o espanhol Valentin Fuster, estará no evento para falar a mais de 6 mil cardiologistas de todo o país e também de países do Cone Sul.

Para o presidente do congresso, o cardiologista Paulo Rossi, 33% das mortes de homens adultos registradas no Brasil já são devidas à doença. O motivo é que, com a maior expectativa de vida, muito mais gente está chegando à idade em que a doença ataca, principalmente a partir dos 50 anos.

O problema é tão grave que o tema que do professor Fuster será “Aterosclerose coronária, dos fatores de risco ao tratamento”, explica Paulo Rossi. Para ele é tão importante os médicos conhecerem os mais modernos tratamentos e medicamentos para a aterosclerose coronária, como elucidarem seus clientes sobre os fatores de risco que levam à doença, entre os quais tabagismo, hipertensão, diabetes e colesterol elevado.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Antonio Carlos Palandri Chagas, diz que o 63º congresso da entidade será uma oportunidade extraordinária para a atualização científica dos especialistas brasileiros, pois sem sair do seu próprio país, os médicos poderão ouvir as aulas e discutir com 14 dos mais famosos pesquisadores, cirurgiões e professores de cardiologia da Espanha, Nova Zelândia, Estados Unidos, Portugal, Cuba, Alemanha e da Bolívia.

Chagas destaca ainda a importância dos joint symposiums, que pela primeira vez, realizam-se no Brasil. “Um deles será com o American College of Cardiology, outro com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, entidade co-irmã, cujo presidente, Hugo Madeira, da Universidade de Lisboa, estará presente, acompanhado de dois pesquisadores especialmente convidados”.

Um outro simpósio será com a Sociedade Latino-Americana de Cardiologia Intervencionista e mais um, também extremamente importante, com a Sociedade Latino-Americana de Aterosclerose, pois a evolução dos problemas cardiológicos do Brasil e dos demais países latino-americanos é bastante semelhante, oportunidade para uma discussão do problema em caráter continental. Outro simpósio será sobre hipertensão pulmonar, a ser realizado juntamente com o Pulmonary Vascular Research Institute, da Inglaterra.

Embora o evento deva dar atenção especial à aterosclerose coronariana, o presidente do congresso destaca a importância de outros temas, pois a pesquisa em cardiologia é tão grande ao redor do mundo, que todo ano há novidades importantes. O exemplo é Harvey White, pesquisador da Nova Zelândia, autor de 50 livros e mais de 500 trabalhos, que vem falar sobre a evolução do tratamento do infarto e os novos medicamentos. Ele vai apresentar as estatísticas sobre esses medicamentos, os resultados que tem conseguido no Auckland City Hospital, cujo setor cardiovascular está sob sua responsabilidade.

Outro tema de grande destaque será a hipertensão arterial, tema do norte-americano David Calhoum, da Universidade do Alabama, e a respeito do qual grande número de trabalhos originais desenvolvidos por médicos brasileiros também serão apresentados. “O Ministério da Saúde está tão preocupado com a hipertensão, que atinge 39% dos homens brasileiros entre 20 e 49 anos, que deu todo apoio ao programa que a SBC desenvolve junto com o Sesi, para prevenção da hipertensão e demais doenças não transmissíveis e já planeja um programa específico para a saúde do homem, igualmente com participação da SBC” explica Chagas.


Fonte:
Assessoria de Imprensa da SBC
Jornalista Responsável:
Luiz Roberto de Souza Queiroz

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