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Brasil deve se tornar líder mundial em mortes devido ao coração

Cerca de 30% de todas as mortes que ocorrem hoje no Brasil têm como causa problemas cardiovasculares. A situação é tão grave que a Organização Mundial da Saúde informou oficialmente que, se nada for feito, em 32 anos o Brasil será o país com maior número de mortes causadas por doenças do coração no mundo inteiro.

Esse risco efetivo apontado pelo órgão da Organização das Nações Unidas que cuida da saúde estará nos corações e mentes dos 6 mil cardiologistas que, a partir de sábado, dia 6, estarão reunidos em Curitiba, no maior congresso latino-americano de cardiologia.

Para o diretor Científico da SBC e do congresso, o cardiologista Luiz Antonio de Almeida Campos, “os cardiologistas não podem mais se limitar a tratar dos problemas cardíacos, mas é preciso investir pesadamente na prevenção, já que a população brasileira está acumulando fatores de risco”. Por fatores de risco, o especialista entende as causas que acabam resultando num infarto ou num derrame, isto é, o tabagismo, o sedentarismo, a obesidade, o diabetes, o estresse, a hipertensão e as alterações do nível de colesterol.

O presidente da SBC, Antonio Carlos Palandri Chagas, corrobora a posição de Campos, dizendo que “é responsabilidade dos cardiologistas, juntamente com o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais mostrarem à população brasileira que, ou se adotam hábitos mais saudáveis de vida, ou os índices de problemas cardíacos e de mortes continuarão a crescer”.

A preocupação de Chagas é que metade dos hipertensos brasileiros ainda não foi atingida pelas campanhas educativas e nem sequer sabe que sofrem de hipertensão. E, enquanto a melhoria da situação econômica levou o brasileiro a comer mais, mas sem orientação sobre uma dieta saudável, a população está engordando e, com isso, favorecendo o surgimento do diabetes, das alterações do colesterol e da própria hipertensão. “Apenas em relação ao tabagismo temos boas notícias, pois em dez anos, 32% dos fumantes brasileiros abandonaram o cigarro”, explica Chagas.

Os cardiologistas afirmam que o Brasil já vive hoje uma epidemia de doenças cardíacas e, por isso mesmo, um dos maiores especialistas nessas moléstias e especialmente em aterosclerose vem ao Brasil, para ensinar e discutir a prevenção junto com os cardiologistas brasileiros. Trata-se do professor Valentim Fuster, que embora tenha nascido em Barcelona, vive nos Estados Unidos, onde é professor em Harvard e na Escola de Medicina do Mount Sinai.

Fuster, que fala correntemente português, dará a conferência magna às 10 horas do dia 7, no auditório 1 do Expocenter Convention Center, e é o único médico do mundo a ter recebido os quatro maiores prêmios da cardiologia: da Interamerican Society of Cardiology, da American Heart Association, da European Society of Cardiology e do American College of Cardiology. Ele tornou-se mundialmente famoso, ao realizar com sucesso uma operação de transplante simultâneo de coração e pulmão.

O tema de sua conferência no congresso será “Aterosclerose: dos fatores de risco ao tratamento – uma visão humanística”. Ele fará outra apresentação, sobre “Passado, presente e futuro da doença aterosclerótica multivascular: abordagem e tratamento”.


Fonte:
Assessoria de Imprensa da SBC
Jornalista Responsável:
Luiz Roberto de Souza Queiroz

 

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