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MINISTÉRIO ANUNCIA AUMENTO DO VALOR DAS CIRURGIAS CARDÍACAS, QUE VAI REDUZIR FILA DE ESPERA

O Ministério da Saúde anunciou na tarde de ontem (28), durante o 65º Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, um aumento significativo e imediato do valor das cirurgias cardíacas. A decisão, longamente aguardada, vai beneficiar não só médicos, como também os hospitais, que poderão realizar cirurgias “extra-teto”, isto é, além do número limite anterior, o que permitirá que essas instituições invistam em novas salas de cirurgia e equipamentos, aumentando sua capacidade de operar.

A medida foi anunciada durante uma assembléia extraordinária da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, realizada no congresso e o anúncio foi feito pelo secretário de Assistência á Saúde, Alberto Beltrami. Ele disse que a nova tabela deve ser publicada no Diário Oficial nos próximos dias e que a tabela foi atualizada “para reduzir o tempo de espera por uma cirurgia cardíaca, principalmente das cirurgias pediátricas” e que, dos quatro gargalos existentes, o Ministério está atuando sobre três, “a melhoria dos honorários médicos, a melhoria do pagamento aos hospitais pelos insumos e pelas salas utilizadas e, ao garantir um orçamento extra para as operações extra-teto, estamos atuando sobre o terceiro gargalo”.

Segundo Beltrami, o Ministério só não pode atuar sobre a capacidade instalada dos hospitais, mas acredita que com as medidas anunciadas, os hospitais passem a investir mais na sua capacitação para a cirurgia.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Jorge Ilha, disse que a decisão do Ministério é muito importante, porque com os pagamentos do SUS defasados, grande parcela dos hospitais estava desestimulada para ceder salas para a cirurgia cardíaca pediátrica. A afirmação foi corroborada pelo vice-presidente da entidade dos cirurgiões, Marcelo Cascudo, que desde novembro do ano passado está trabalhando junto ao Ministério para mostrar que os valores pagos a médicos e aos hospitais tinham tornado até gravosas determinadas cirurgias.

“Somos 1.100 cirurgiões cardíacos”, explica Cascudo, e embora o Brasil tenha uma cirurgia cardíaca respeitada mundialmente, de altíssima qualidade, “muitas vezes o paciente não é atendido, ou não tem acesso aos serviços de saúde que o encaminhariam à cirurgia, ou fica em longas filas de espera, que agora esperamos que deixem de existir”. Para o cirurgião, a medida do Ministério terá uma repercussão imediata em termos de vidas de crianças que agora terão efetivamente a possibilidade de terem seus problemas cardíacos solucionados numa mesa de operações.

Fonte: Assessoria de Imprensa
Jornalista Responsável: Luiz Roberto Queiroz

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