Cerca de 14% das crianças brasileiras na faixa de 12 a 16 anos já experimentaram drogas. O alerta foi dado ontem durante um simpósio no 65º Congresso Brasileiro de Cardiologia pelo diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC, Dikran Armaganijan. Ele avisou os mais de 200 especialistas que acompanhavam o debate que os cardiologistas, principalmente dos Prontos Socorros, precisam ter em mente sempre a possibilidade de uma overdose quando recebem uma criança ou adolescente com arritmia cardíaca, agitação psico-motora ou dor no peito.
A preocupação de Dikran se explica pois, como salientou Rui Fernando Ramos, um dos expositores, ao dar entrada num serviço de emergência, o usuário de drogas nunca confessa que consumiu cocaína, e ao negar o uso, pode levar o médico a gastar um tempo precioso pesquisando outras causas. O cardiologista citou outro levantamento, do Cenro de Intoxicação de Drogas da Universidade Federal de São Paulo, com um universo levemente diferente, adolescentes até 18 anos, mas com resultado semelhante, 17% já usaram drogas.
A discussão foi o tema do simpósio “O pó branco que mata”, coordenado por Dikran e apresentado por Carlos Daniel Magnoni, que comanda a campanha dos cardiologistas contra o abuso do sal. Os vários “pós” perigosos são, segundo o simpósio, o sal, sobre o qual falou Carlos Alberto Machado, o açúcar, sobre o qual o palestrante Simão Augusto Lottenberg discorreu, na palestra “açúcar: até que ponto o profissional de saúde pode atuar no consultório?” e a cocaína, tema a cargo de Rui Ramos, cuja palestra teve como título “Cocaína e drogas: como identificar no Pronto Socorro?”
Após as palestras, apresentaram-se as debatedoras, Cristiane Kovacs e Ana Maria Pita Lottenberg.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Jornalista Responsável: Luiz Roberto Queiroz
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