Uma homenagem aos quatro primeiros cardiologistas que, logo após a construção de Brasília montaram o primeiro Serviço de Cardiologia da Capital Federal marcou de forma emotiva a inauguração da III Exposição Itinerante do Museu do Coração, que atraiu milhares de visitantes, principalmente crianças das escolas de Brasília.
Montada no mezanino do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em cujo térreo se realizava grande feira de fitness e vida saudável, o Museu do Coração foi inaugurado com a presença do presidente da SBC, Angelo de Paola, da Sociedade de Cardiologia do Distrito Federal, Wagner Pires de Oliveira Júnior e do presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, José Carlos da Silva Cardoso. Foi anfitrião o diretor administrativo da SBC, Emílio Cesar Zilli, que é também o idealizador e o coordenador do Museu do Coração.
As homenagens prestadas aos cardiologistas pioneiros de Brasília foram corporificadas na entrega de réplicas do primeiro estetoscópio do mundo, feito na França e que consistia numa peça de madeira. As réplicas foram oferecidas aos representantes dos cardiologistas gaúchos Ely Toscano Barbosa e Ady Prates Flores, ao mineiro Juarez Abdulmassih e ao pernambucano Fernando Ribeiro de Morais, que montaram o Serviço de Cardiologia no então recém-construído Hospital Distrital de Brasília.
O Museu, que conta com uma equipe de monitores para receber os visitantes, a maioria dos quais estudantes das escolas de Brasília, apresenta corações reais, dessecados, de baleia, elefante, cavalo, cachorro, girafa, tubarão, beija-flor, entre outros, além de corações humanos de adulto, criança e corações de infartado, de pessoas com insuficiência cardíaca, coração de paciente de Doença de Chagas, de hipertenso etc.
O Museu, interativo e didático, conta também a história da Cardiologia, desde a época pré clinica, cita os trabalhos de Hipócrates, os desenhos de corações humanos feitos por Leonardo Da Vinci, que dessecou mais de 30 cadáveres e apresenta, como grande atração, desenhos pré-históricos encontrados nas cavernas da França e que retratam bisões e mamutes com flechas fincadas em seus corações.
A exposição mostra como o eletrocardiograma foi desenvolvido a partir de 1901, explica porque Carlos Chagas é considerado o ‘pai da Cardiologia Brasileira’, refere-se à criação do cateter, em 1929, à primeira operação cardíaca no Brasil, ao advento da ponte-safena, o início dos transplantes cardíacos e a imensa contribuição à cardiologia mundial feita por médicos brasileiros, Dante Pazzanese, Euryclides de Jesus Zerbini e Adib Jatene.
Além da parte lúdica, que inclui jogos temáticos sobre o coração e toda a parte educativa sobre hábitos saudáveis de vida, o Museu inclui painéis com dados sobre as mulheres na Cardiologia, a história da Sociedade de Cardiologia do Distrito Federal e seus presidentes e explicações sobre o que há de mais moderno, o coração artificial, a cirurgia robótica e as pesquisas de células-tronco.
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