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MAIOR CONGRESSO DE
CARDIOLOGIA COMEÇA DIA 12, EM SALVADOR
Salvador torna-se, no próximo sábado, dia 12, a capital mundial do coração
com o início do 64º Congresso Brasileiro de Cardiologia, que vai reunir mais
de sete mil especialistas na capital baiana.
"O número de pré-inscritos ultrapassou a casa dos cinco mil, estabelecendo
um recorde na história dos congressos da Sociedade Brasileira de Cardiologia
(SBC) e isso se deve ao importante momento pelo qual passa a cardiologia
brasileira no contexto mundial", explica o presidente do congresso, José
Carlos Brito, que é também o secretário Municipal de Saúde, de Salvador.
Ele antecipa que a SBC premiou o seu 64º congresso com uma programação
científica primorosa, convidando 27 dos mais expressivos nomes da
cardiologia mundial, destacando ainda que a interação científica da SBC com
diversas sociedades Européias e a Americana de Cardiologia, iniciada na
gestão de Antonio Carlos Palandri Chagas, será consolidada nesse congresso.
Dois temas serão destaque no evento: a Doença de Chagas, que completa o
centenário da sua descrição pelo cientista brasileiro Carlos Chagas, e a
Globalização das Doenças Cardiovasculares. Conferências, mesas redondas, e
painéis enfocarão temas importantes como a terapia de células-tronco para o
paciente portador de cardiopatia crônica ou com infarto agudo do miocárdio,
avanços na terapia medicamentosa e cirúrgica da insuficiência cardíaca,
tratamento percutâneo da doença coronária, valvopatias e cardiopatias
congênitas, cirurgia cardíaca robótica dentre outros.
"O médico é um profissional em constante processo de atualização e o esforço
da SBC para realizar um congresso dessa magnitude no Brasil premia os seus
sócios que não precisam buscar conhecimentos no exterior, investimento
somente possível para uma minoria", destaca Brito.
SAÚDE DA FAMÍLIA
O presidente do evento aponta que, apesar de todo o progresso na cardiologia
brasileira, o país ainda contabiliza cerca de 300 mil mortes anuais
creditadas às doenças cardiovasculares. "Um dos desafios que enfrentamos é
reduzir esse número de mortes evitáveis", diz o especialista, que também
apóia uma maior interação da SBC com o Ministério da Saúde.
"Cerca de 160 milhões de brasileiros dependem unicamente do SUS e a atenção
primária com a Estratégia de Saúde da Família deve ser o foco de atenção na
prevenção e promoção à saúde". Pilar de sustentação da saúde pública, a
estratégia cobre hoje 60% da população brasileira e seus efeitos começam a
aflorar com a redução de agravos nas emergências e internações hospitalares.
"O mundo enfrenta ainda o desafio atual de controlar as epidemias de
obesidade e diabetes, as chamadas doenças crônicas não transmissíveis, e a
alta prevalência da hipertensão arterial sistêmica, todas de grande impacto
nos custos da saúde, e a atenção básica é, sem sombra de dúvida, a melhor
solução”, ressalta.
"Outro problema é que a globalização, que exportou a Doença de Chagas para
países que não convivem com essa enfermidade. Nesse particular, destacar
esse tema no congresso propicia aos convidados estrangeiros o conhecimento
mais aprofundado da doença, ainda de alta prevalência no Hemisfério Sul e
particularmente no Brasil".
A Doença de Chagas será também destaque no Museu do Coração, na sua segunda
versão em Salvador - a primeira foi no Congresso de Curitiba. Na amostra
interativa, o público vai aprender como a doença é transmitida, conhecer o
vetor transmissor conhecido como "barbeiro", a etiopatogenia da doença,
sinais e sintomas, e o tratamento que vai desde o uso de medicações,
implante de marcapasso, desfibriladores, implante de células tronco e o
transplante cardíaco".
Fonte: Assessoria de Imprensa da SBC
Jornalista Responsável: Luiz Roberto de Souza Queiroz
Atualização: 04/09/2009
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