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SALVADOR VAI RECEBER O
"MUSEU DO CORAÇÃO"
Começou a ser montado no Centro de Convenções de Salvador o “Museu do
Coração”, empreendimento da Sociedade Brasileira de Cardiologia, cujo
objetivo é conscientizar a população dos fatores de risco cardíaco e assim
reduzir o total anual de 300 mil mortes por problemas cardíacos, “mortes
evitáveis”, no dizer dos médicos, e que levaram o coração a ser a principal
causa de óbitos no território brasileiro.
O museu é tão importante, diz seu diretor, o cardiologista Emilio Cesar
Zilli que, do Centro de Convenções, onde ficará de 12 a 16 de setembro,
coincidindo com a realização do 64º Congresso da SBC, o chamado “Museu
Itinerante” será levado para um Shopping Center da capital baiana, onde
ficará por mais duas semanas, a partir de 21 de setembro.
O módulo itinerante do museu é interativo, explica Zilli, e mostra como o
tabagismo, o diabetes, a obesidade, a hipertensão, o sedentarismo e o alto
nível de colesterol propiciam o aparecimento das doenças cardiovasculares,
dentre as quais o leigo conhece mais o infarto e o derrame. A divulgação dos
fatores de risco é vital, insiste Zilli, pois só no que se refere à
hipertensão arterial, uma doença silenciosa, sem sintomas, metade dos que a
possuem nunca mediu a pressão e nem sabe que tem a doença e, dos que sabem,
metade abandona o tratamento que, apesar de simples, deve ser permanente,
alegando que não sente sintoma algum.
“O Museu vai mostrar como ter uma alimentação saudável, que alimentos
procurar e quais evitar”, explica o presidente do congresso, José Carlos
Brito, que é também o secretário municipal da Saúde. E a secretaria que
dirige, juntamente com a Secretaria da Educação, vão desenvolver com a
Sociedade Brasileira de Cardiologia um projeto de promoção da qualidade de
vida. “Vamos mostrar como basta pouco tempo de exercício diário para reduzir
o risco de diabetes, a obesidade e também o estresse e a ansiedade que têm
influência negativa sobre o coração”, complementa Zilli.
CENTENÁRIO DE CHAGAS
Paralelamente à exposição voltada para a qualidade de vida, o Museu do
Coração terá como tema, este ano, o centenário da descoberta da Doença de
Chagas no Brasil. Vai prestar uma homenagem ao cientista Carlos Chagas, que
foi também um dos precursores da cardiologia no Brasil, uma vez que
comprovou os efeitos da doença que leva seu nome sobre o coração.
O museu mostrará a importância da descoberta, uma vez que a doença não
ocorre apenas no Brasil, mas em vários países latino-americanos e hoje até
na Europa e Estados Unidos, levada por imigrantes que chegaram contaminados
aos países onde passaram a viver.
A forma de apresentação do museu vai surpreender, antecipa Zilli, pois os
mais modernos recursos tecnológicos foram empregados para tornar a mostra
muito acessível, interessante aos milhares de estudantes, mesmo os mais
jovens, que devem visitá-lo, o que é uma maneira de preparar as novas
gerações para uma vida saudável, que reduza ao mínimo os riscos
cardiovasculares. Afinal, diz Zilli, o Brasil tem hoje uma cardiologia de
ponta, extremamente desenvolvida, as mais sofisticadas cirurgias e
tratamentos para problemas do coração são oferecidos em centros de
excelência distribuídos por vários estados brasileiros, mas, apesar disso, o
melhor caminho para reduzir as mortes por doenças cardíacas continua sendo a
prevenção. “E ensinar como se faz essa prevenção”, é a grande missão do
museu, conclui o especialista.
Fonte: Assessoria de Imprensa da SBC
Jornalista Responsável: Luiz Roberto de Souza Queiroz
Atualização: 08/09/2009
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